Data de início:
01/05/2013
Data de fim:
30/04/2015

Montante financiado:
138.880,00€

Copromotor(es)Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
Fundação da Faculdade de Ciências e Tecnologia/UNL
ITeCons
Secil Martingança

Sumário

Atualmente existe um amplo consenso científico de que as alterações climáticas, provocadas pela intensificação do efeito de estufa, vão agravar ao longo deste século XXI os fenómenos climáticos extremos. Será, pois, necessário adotar medidas para minimizar, mitigar e controlar os seus efeitos adversos, evitando consequências potencialmente catastróficas.

Este contexto de alterações climáticas tem vindo a revelar uma crescente vulnerabilidade de territórios urbanos e rurais ao risco de cheias, um dos riscos que maior agravamento de frequência e intensidade terá nas próximas décadas.

Pretende-se com este trabalho, recorrendo a todo o conhecimento acumulado relativo ao fenómeno da humidade ascensional e seu controlo/tratamento através de um sistema de secagem higro-regulável desenvolvido no LFC da FEUP elaborar alguns estudos experimentais com o objectivo último de caraterizar/dimensionar este sistema de secagem de paredes para tratamento/controlo de humidade na sequência de uma cheia.

A modelização visa equacionar um modelo de previsão do comportamento do sistema através do cálculo avançado utilizando modelos higrotérmicos onde se procura conceber o modelo físico. Através de estudos de modelação numérica pretende-se elaborar o “programa” de dimensionamento evidenciando as condições de aplicação e procurando avaliar a versatilidade do modelo, eventuais limitações e condições fronteira.

Os estudos experimentais englobam ensaios laboratoriais com o objetivo de simular uma cheia e avaliar o comportamento das paredes com e sem um sistema de ventilação, bem como a análise “in situ”, de edifícios históricos, em Portugal, onde um sistema de ventilação se encontra instalado e apetrechado com algum equipamento de monitorização, pese embora se tratar de um sistema que deverá ser adaptado incluindo o efeito do comportamento dos sais. Refira-se que a grande maioria dos edifícios onde existe um sistema de ventilação, este não está a ser monitorizado e porventura não está a funcionar convenientemente.

Interessa ainda que o sistema funcione com controlo à distância, permitindo detetar a ocorrência de uma cheia, ativar ou desativar o sistema, detetar avarias ou anomalias, recolher informação estatística para tratamento futuro, alterar a programação ou calibrar sensores. O sistema de monitorização deverá fornecer ainda informação relativa à quantidade de água que estará a ser recolhida em cada instante.